28 de agosto de 2011

Sem título - 27/06/2010 (2)


Encontrei-me sentada, bunda no chão, pés plantados e joelhos apontando o céu. No mínimo mostrando o caminho da constelação mais longe para fugir. Mas foi bem ali que me encontrei. Achei o mim mesma que há tanto procurava. Havia fugido com minha cachorrinha naquela Páscoa mal sucedida. Encontrei o Eu, aquela que me pertenço, em frangalhos. Falava até uma língua que não imaginava conseguir falar. Palavras impronunciáveis até então: Amor Próprio. Auto-estima. Compaixão comigo mesma. Existe isso? Os budistas que me desculpem, porém é necessário ser umbiguista. Ás vezes. Tanta gente pedindo o tempo todo, quando a resposta pode ser tu mesmo. Olhar-se para si - redundância recíproca - e limpar todo o pózinho que um simples buraco no meio da barriga pode criar. E, criar-se. Como criança e aquarela. A vida é uma só, não é o que dizem? Pinte-se, pois sim. Porque se auto-colorir é o melhor benefício a si mesmo. Rabisque sua bunda longe do assoalho frio e empine-a por aí. Caminhando e rebolando em um bom percurso sem malícias. Os pés podem flutuar desde que saibam o lugar que pertencem no momento. Assim a língua desconhecida vai desabrochar. A tradução é fácil: FELICIDADE.

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