16 de agosto de 2009

Brüno: tão out


Decepcionada. Foi assim que me senti ao sair do cinema hoje. Sacha Baron Cohen errou desta vez, tentando fazer seu personagem austríaco fashionista gay virar ídolo como Borat. Apelando para cenas super expositivas, como o programa que Brüno apresenta seu pênis conversando com o público, o humor vai do cômico ao tenso. Rimos, porque existe constrangimento em ver cenas deste tipo. Chega a dar nojo.


Engraçado mesmo foi ver cerca de dez pessoas indo embora no meio da sessão. Cohen errou na dose de enfrentamento desta vez. Se como em Borat, ele desejava expor os americanos e suas arrogâncias superficiais, desta vez o próprio Cohen acabou se expondo ao ridículo. Em uma tentativa frustrada de ironizar o mundo hollywoodiano, saiu-se mal ao colocar a criança negra como objeto de marketing e a tentar pacificar os conflitos do oriente médio. Sem contar as tantas cenas "pornôs".


É claro que existem algumas partes engraçadas, como quando o personagem decide ir para o exército. Mas percebe-se que muitas das cenas são copiadas da forma de Borat. A parte final, em que Brüno encontra-se em um ringue de luta, lembra muito Borat no rodeio do Texas. Chato e repetitivo.


Se o objetivo de Cohen era instigar e mostrar todas as formas de preconceito mascaradas na sociedade americana, com suas técnicas de "encurralar" seus alvos, ele não conseguiu. Apenas se mostrou como o próprio errante. Exagerou na dose de humor. Tornou-se abusivo. Über out.




2 comentários:

Júlia Alves disse...

Eu estava muito empolgada para ver o filme. Depois de ler o post aniquilei a possibilidade de entrar na sessão de cinema.
Tá escrevendo super bem amiga, sou tua fã e adoro ler as tuas percepções aqui no blog. Continua assim!
Beijão,
Júlia.

Laura Lima disse...

Ai meu ORGULHO!
Estás escrevendo cada vez melhor.
Sou e sempre serei tua amiga-fã número 1!