Há 15 anos uma nova concepção da música era criada. Em abril de 1994, Kurt Cobain suicidava-se em sua casa em Seattle finalizando a trajetória de uma das bandas mais importantes dos anos 90. Assim era o Nirvana, inovador, pesado e jovem, marcou ao criar um novo estilo musical: o grunge.
Kurt Cobain tinha tudo para ser bem sucedido. Era bonito, talentoso e dono de uma voz inabalável. Fez história através da música junto dos companheiros de banda, Krist Novoselic (baixo), Dave Grohl (bateria) e Pat Smear (guitarra). A vida, entretanto, não foi fácil para ele. Ou melhor, Cobain não foi fácil para a vida.
O vocalista do Nirvana sofria de depressão, era usuário de heroína e vivia uma relação conturbada com sua esposa Courtney Love. Há quem diga que Cobain foi o novo John Lennon e Courtney, consequentemente, a Yoko Ono dos anos 90. O que unia o casal Nirvana acabava separando a banda em si. Kurt Cobain chegou a dizer em entrevista a uma revista da época que estava tão apaixonado, que se precisasse largaria até mesmo a carreira de músico.
A mídia foi também uma das influenciadoras na morte prematura de Cobain. O Nirvana fez sucesso com o primeiro single, Smells like teen spirit, que foi considerado o hino da Geração X. Tal denominação era voltada aos jovens nascidos na guerra-fria: adolescentes realistas e com padrões de vida consumistas, vivendo em um mundo frio e sem perspectivas utópicas. Ao mesmo tempo a autenticidade e a desglamurização, caracterizados pelo estilo grunge da banda, potencializava-se demasiadamente. O que era para ser considerado um não-movimento, como um anarquismo musical, acabou tornando-se um produto midiático de consumo.
A soma de todos esses episódios não poderia ter sido diferente. A morte de Kurt Cobain foi a resposta de um jovem deprimido, manipulado pelos estereótipos e vítima de si mesmo. Entretanto, não se pode deixar passar o fato de que o Nirvana foi brilhante quanto aos seus acordes e serviu como ponto de partida e estímulo aos movimentos alternativos disseminados até hoje. Já Cobain, achou difícil demais o peso de ser um ídolo. Sua única herança foi deixada nas mensagens das letras de suas músicas: “Venha como você estiver. Como uma tendência. Como um amigo. Como uma antiga lembrança, como uma antiga lembrança...” (Trecho de “Come as you are”).
*Escrito no início de abril para a cadeira de Jornalismo Opinativo. Homenagem aos 15 anos da morte de Kurt Cobain.
20 de abril de 2009
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2 comentários:
simm além de talentoso era muito gato!! hahaha. texto muito bom lu! vai em frente que tu sabe que tem jeito pra coisa! beijao
parabens minha véia!!!
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